Manchete 4

Casa Própria: CLASSE MÉDIA PASSA A SER ATENDIDA PELA CAIXA NO “MINHA CASA, MINHA VIDA”

Pela primeira vez as contratações pelo programa para famílias da classe média superam as do crédito tradicional. Negociações disparam.

As contratações do Minha Casa, Minha Vida superaram as do crédito imobiliário tradicional na Caixa pela primeira vez, segundo o presidente do banco, Carlos Vieira, durante apresentação dos resultados da instituição no primeiro trimestre, na quarta (4).

A alta de contratações do Minha Casa, Minha Vida ocorre após o início da faixa 4 do programa, que atende famílias com renda mensal entre R$ 8.000 e R$ 12 mil para financiar imóveis de até R$ 500 mil, com prazo de pagamento de até 35 anos (420 meses). A nova faixa tirou parte da pressão sobre o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que depende do saldo da caderneta de poupança e corre o risco de ficar sem recursos.

O saldo da carteira imobiliária da Caixa finalizou março de 2025 com R$ 850,4 bilhões —um crescimento de 12,7% em relação a março de 2024 e 2,2% quando comparado a dezembro de 2024. No período, a Caixa financiou 164,2 mil imóveis para 656,7 mil pessoas.

No primeiro trimestre deste ano, foram R$ 49,3 bilhões em contratações, considerando recursos SBPE e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O resultado significa uma queda de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado e aumento de 4,6% quando comparado ao último trimestre de 2024.

No final do ano passado, a Caixa decidiu reduzir o valor máximo de crédito para a compra de imóveis pelo SBPE, que engloba propriedades de até R$ 1,5 milhão. A medida foi uma saída do banco para não travar a concessão de financiamentos em meio à alta da Selic (taxa básica de juros), que amplia a redução dos valores em poupança, devido à baixa rentabilidade da modalidade.

Agora, a cota máxima de financiamento admitida é de até 70% do valor do imóvel, e não mais de 80%, no sistema de amortização SAC (Sistema de Amortização Constante), no qual as parcelas são maiores no início e menores no fim, por causa da diminuição progressiva dos juros. Pela tabela Price, em que as prestações são sempre iguais e compostas por mais juros, o teto diminuiu de 70% para 50% do total do imóvel.

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Foz do Iguaçu Royal Legacy (entre em julho de 2025)

A Caixa mantém a liderança na concessão de crédito imobiliário no Brasil, com 66,8% de participação de mercado em financiamentos imobiliários totais. Já considerando apenas o programa Minha Casa, Minha Vida, o banco é responsável por mais de 99% dos contratos.

O banco continua traçando estratégicas para evitar a falta de recursos, como ampliação de sua captação via outros instrumentos financeiros, como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). De acordo com o balanço trimestral, os depósitos de poupança tinham um saldo de R$ 379,4 bilhões em março de 2025, crescimento de 5,8% sobre março de 2024. Já as letras somavam R$ 248,7 bilhões, alta de 38,8%.

“Nós tomamos uma decisão estratégica de criar uma linha de recursos livres para médio e alto padrão, ano passado, para fazer a produção, reservando para a pessoa física o orçamento, a maior parte do orçamento do SBPE, e agora, mais recentemente, fizemos o mesmo movimento para os recursos do FGTS”, afirmou Inês da Silva Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa.

“Temos assim um maior controle da velocidade que esse financiamento está sendo dado. Ou seja, nós estamos cumprindo o nosso orçamento como um voo mais flat do que o ano passado. No caso do FGTS, nós executamos aquilo que é disponibilizado. Esse ano o orçamento é de R$ 124 bilhões, sendo R$ 116 bilhões o disponibilizado até agora”, disse.

Área central de Foz do Iguaçu

Inês afirma que a possibilidade de que o fundo do pré-sal seja destinado ao volume de recursos para habitação de interesse social “é uma excelente notícia”, assim como a redução do prazo da LCI para seis meses, o que barateia a captação.

“A solução estrutural continua sendo debatida no âmbito do governo, mas é, de alguma maneira, um alívio que nos possibilitou, inclusive, criar uma linha para a classe média até R$ 12 mil dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, que reforça um pouco o atendimento a essa fatia que tinha ficado desprovida”, disse Inês.

RAIO-X DA CAIXA NO 1º TRIMESTRE DE 2025

  • Fundação: 1861
  • Lucro líquido: R$ 4,9 bilhões
  • Clientes (pessoas físicas e jurídicas): 155,4 milhões
  • Agências: 3.252
  • Funcionários: 90.175
  • Principais concorrentes: Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Itaú, Nubank

(Com Folhapress)

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