Giovana Giacomini já fez mais de 12 boletins de ocorrência contra José Vicente Tezza, de 76 anos. Homem tem histórico de violência contra animais, chegou a agredir mãe da vítima e destruir muro de casa com marreta.
Uma médica veterinária de Foz do Iguaçu, vive há cinco anos uma rotina de medo e ameaças constantes de seu vizinho. Desde que comprou uma casa no bairro Vila Yolanda e instalou uma clínica veterinária no local, Giovana Nantes Giacomini foi vítima de sabotagens, agressões verbais e físicas por José Vicente Tezza, de 76 anos.
Tudo começou em 2020, logo após a aquisição do imóvel. O antigo dono chegou a alertar Giovana sobre o comportamento de José. Nos primeiros dias, a cerca elétrica da casa foi cortada várias vezes. Esse foi apenas o primeiro de muitos conflitos.
Sequência de agressões
Segundo Giovana, os episódios de agressividade se intensificaram com o tempo. O vizinho destruiu câmeras de segurança, quebrou refletores, lançou água para provocar curtos-circuitos e chegou a usar bombinhas para danificar a cerca elétrica. Parte das ações foi registrada por câmeras de segurança.
Durante as obras que transformaram a casa em uma clínica veterinária, os pedreiros também sofreram ameaças. Em um dos momentos mais tensos, José subiu no muro e destruiu parte da parede com uma marreta.
Foi neste momento que Giovana decidiu conversar com o vizinho, mas foi recebida com insultos. No episódio, a mãe da veterinária a acompanhou e chegou a ser agredida pelo homem: ela caiu e quebrou o dedo.
“Eu não sei te falar como vai resolver, mas eu preciso de uma solução. Pra não ter medo de estar dentro da minha própria casa. Eu preciso de paz”, desabafou Giovana.
O caso foi levado à Justiça em 2022. Na época, José já tinha 73 anos, o que fez com que o processo prescrevesse, conforme determinação da lei brasileira. Em seguida, o processo foi arquivado, aumentando a sensação de impunidade para Giovana.
Histórico de violência contra animais
O agressor tem um histórico de violência contra os animais. Em 1998, um homem o denunciou de ter pulado o muro e matado sua cadela a pauladas. Ele foi condenado apenas por invasão domiciliar.
Em março deste ano, José foi filmado após estrangular uma cadela chamada Lili, de apenas quatro meses. O laudo apontou sinais de asfixia e envenenamento. Ele foi denunciado pelo Ministério Público nesta quarta-feira (14), por crime de maus-tratos a animais.
Repercussão nas redes
Depois de Giovana ter divulgado sua história nas redes sociais, o caso ganhou repercussão nacional. Em seguida, José enviou uma notificação extrajudicial alegando que está em tratamento psicológico e que as postagens ferem sua dignidade.
(Da Redação com G1)