Com o explosivo foram encontrados papéis com mensagens como “abaixo generais golpistas”, “morte aos fascistas”, “viva o maoísmo” e “viva a guerra popular”. Tentativa ocorreu no Terminal do Boqueirão, em março de 2025.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Militar do Paraná (PMPR) prenderam nesta segunda (12) um advogado empregado público, de 28 anos. Ele é suspeito de tentar detonar uma bomba em Curitiba, no Terminal do Boqueirão, no dia 31 de março. A prisão aconteceu nesta segunda-feira (12).
Além do mandado de prisão preventiva, os policiais também cumpriram buscas em endereços dos bairros Ahú e Ganchinho. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhou o cumprimento dos mandados contra o advogado.
Nos locais, foi apreendido o carro do advogado, duas armas de fogo, munições, um computador e celulares. Os policiais também encontraram perucas, luvas e uma máscara, que podem ter sido usadas como disfarce pelo indivíduo no dia da bomba em Curitiba.
Como foi o atentado a bomba em Curitiba
As diligências iniciaram quando a bomba foi descoberta por uma vigilante do terminal, que notou uma sacola liberando fumaça e acionou imediatamente a polícia. O local escolhido pelo criminoso era uma plataforma movimentada, aumentando o potencial risco de vítimas caso a bomba tivesse explodido. O Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PMPR confirmou o risco e realizou uma explosão controlada.
As investigações conduzidas pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM) da PCPR, apontaram fortes indícios de autoria e materialidade contra o investigado. Segundo o delegado Adriano Chohfi, responsável pelo inquérito, “as provas reunidas demonstram a complexidade e o planejamento do crime, que colocou em risco a vida de dezenas de pessoas. A atuação rápida e integrada das forças de segurança foi fundamental para a identificação do suspeito”.
As investigações identificaram o responsável como um homem encapuzado e com máscara, utilizando também luvas e possivelmente uma peruca. O advogado é investigado por tentativa de explosão e por colocar em risco a vida e a integridade de pessoas em local de grande circulação.

Com a bomba em Curitiba, mensagens políticas
Com a bomba em Curitiba foram encontrados papéis com mensagens como “abaixo generais golpistas”, “morte aos fascistas”, “viva o maoísmo” e “viva a guerra popular”. O maoísmo é corrente ideológica inspirada nos princípios revolucionários do líder chinês Mao Tsé-Tung, que defendem a luta armada como meio para alcançar a transformação social.
Para dificultar sua identificação, o suspeito utilizou um cartão avulso de transporte coletivo, cuja investigação posterior permitiu localizá-lo. Com o auxílio da URBS e da Guarda Municipal, os policiais ligaram o suspeito ao crime.
A casa mencionada possui forte ligação com o investigado, tendo ele sido visto entrando e saindo do local em diferentes ocasiões, o que leva a crer que o crime pode ter sido planejado ali. Segundo a apuração, o suspeito arquitetou o plano utilizando disfarces, trocas de roupas e rotas alternativas para tentar escapar da identificação pela polícia.
Durante as investigações, policiais também analisaram imagens de estabelecimentos comerciais próximos, identificando o uso de transporte público e veículo particular pelo suspeito. Esses elementos levaram à identificação completa do investigado e ao seu endereço no bairro Ahú, distante do local do crime.
A operação desta segunda-feira reforça a integração entre as forças de segurança do Paraná. O trabalho conjunto destaca a importância da tecnologia e da cooperação policial para esclarecer crimes graves e proteger a população.
O suspeito pelo atentado a bomba foi encaminhado ao sistema penitenciário.
(Da Redação com Bem Paraná)