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Perdularismo: Perdularismo: ITAIPU BANCA OBRAS EM BELÉM (PA), COM R$ 1,7 BI, PARA HOTEL 5 ESTRELAS E APORTAR NAVIOS DE CRUZEIROS

Além das obras em Outeiro e de um hotel cinco estrelas, Itaipu bancará, dentre outros convênios, o aprimoramento da infraestrutura viária em Belém.

A Itaipu Binacional substituiu um dos convênios que havia firmado com a organização da COP-30, a Cúpula do Clima, para custear as obras de adequação do terminal portuário de Outeiro para a recepção de navios de cruzeiros em Belém (PA).

Ao invés de bancar a dragagem do porto da capital paraense, a usina hidrelétrica – que vai gastar R$ 1,3 bilhão com o evento no mês de novembro – deve pagar pela intervenções necessárias em Outeiro, como estratégia do governo para aumentar a disponibilidade de leitos em Belém, que corre o risco de colapso do setor de hospedagem durante a COP-30.

O convênio anterior previa o repasse de R$ 217,4 milhões para fazer a dragagem na área do porto de Belém e permitir a atracação de navios de cruzeiros. A Companhia Docas do Pará (CDP) chegou a licitar a obra em outubro do ano passado, mas o contrato com o consórcio não foi assinado devido a entraves jurídicos. No início deste ano, a CDP confirmou que a obra havia sido cancelada.

Para não perder a possibilidade de ampliar os leitos para a COP-30, o governo federal mudou o foco para o terminal de Outeiro, que fica a 19 quilômetros de Belém, que hoje está voltado exclusivamente para operação com granéis sólidos e carga geral. A adequação do espaço vai custar R$ 233,9 milhões, sendo que Itaipu bancará R$ 181,3 milhões, de acordo com a publicação do convênio no site da empresa binacional.

O plano da organização da COP-30 era utilizar apenas o porto de Belém para receber cruzeiros de luxo e oferecer pelo menos 10 mil leitos adicionais, visto que a cidade não tem hotéis suficientes para receber todo o público esperado para o evento.

A Itaipu está destinando R$ 200,3 milhões em outro convênio para a construção do hotel de luxo “Vila Líderes” ao lado do Parque da Cidade, no coração de Belém — o hotel terá 500 quartos de padrão cinco estrelas.

O orçamento de Itaipu anunciado para apoiar a COP-30 era de R$ 1,3 bilhão, mas os convênios assinados pela usina e divulgados publicamente teriam passado de R$ 1,7 bilhão. Segundo a organização da Cúpula do Clima, houve uma repactuação nos valores para manter o montante original. A Itaipu informou que “o orçamento permanece o mesmo”, incluindo a transferência de um dos convênios para o terminal de Outeiro.

Além das obras em Outeiro e de um hotel cinco estrelas, Itaipu bancará o aprimoramento da infraestrutura viária em Belém, a implantação do parque linear da doca municipal, a reforma em edificações comerciais históricas e implantação do parque urbano Igarapé – São Joaquim, e a gestão de resíduos sólidos, educação ambiental e inovação em bioeconomia.

Como o terminal portuário será modificado com recursos da Itaipu

O terminal de Outeiro possui dois píeres com dois berços de atracação cada — um dos píeres atende apenas barcaças, de porte menor. Para receber os navios de cruzeiro, serão instalados 11 “dolfins”, que são estruturas que auxiliam na atracação e amarração dos navios. Eles fornecem pontos de fixação e proteção contra impactos e podem ser ligados por passarelas até a área em terra do porto. Além disso, está prevista a construção de uma estrutura para check-in e check-out dos passageiros.

Dessa forma, será possível receber três navios de cruzeiro ao mesmo tempo. Até agora, o governo federal contratou dois navios, o Costa Diadema e o MSC Seaview, com capacidade para 4,5 mil e 5 mil pessoas, respectivamente. Um outro navio, o MSC Lirica, também deve se juntar à COP-30, ampliando a capacidade para mais 2,6 mil pessoas.

Distrito de Belém, Outeiro e é uma ilha na baía de Marajó. A única ligação por ponte para o centro da capital do Pará fica a oito quilômetros do terminal portuário. No pacote da COP-30, o governo do Pará está construindo uma nova ligação, a 800 metros da entrada do terminal.

A ponte estaiada terá 507 metros de comprimento e 11,6 metros de largura, com duas pistas para veículos e uma faixa para pedestres e ciclistas. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística do estado, a obra atingiu 69% de conclusão no fim de abril, com previsão para ficar pronta até a COP-30, em novembro.

Eis que surge o questionamento do IGU News:

Os cerca de R$1,7 Bilhão mndados para Belém do Pará, no extremo norte do país, não deveriam ser investidos, por justiça, nos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu, diretamente afetados pela construção da Binacional de energia, ou para a redução da conta de luz que os brasileiros pagam?

(Da Redação com Gazeta do Povo)

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