Os auditores fiscais da RFB têm um salário inicial de aproximadamente R$ 23.847,76, podendo chegar a quase R$ 30 mil ao final da carreira. Além disso, eles recebem um bônus de eficiência de R$ 6,3 mil. A categoria quer mais 28% de “recomposição” salarial, enquanto dado o reajuste de 9% para todas as carreiras do serviço público federal.
A greve dos auditores fiscais da Receita Federal em Foz do Iguaçu já dura seis meses e tem causado grandes impactos na fronteira. Cerca de mil caminhões aguardam liberação para entrar no Brasil, vindos da Argentina, Paraguai e Uruguai. A operação padrão, também apelidada de “operação tartaruga”, adotada pelos auditores aumentou o tempo de liberação das cargas de três horas para até três dias.
A categoria reivindica a recomposição salarial das perdas acumuladas desde 2016. Segundo o sindicato dos auditores, a paralisação já gerou prejuízos de R$ 14 bilhões aos cofres públicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou a greve como um dos fatores que contribuíram para a necessidade de contingenciamento do Orçamento de 2025.
Além dos impactos econômicos, a greve também afetou a fiscalização aduaneira e a arrecadação tributária, causando transtornos ao comércio exterior. A operação padrão continua, e os auditores mantêm apenas a liberação de produtos perecíveis, medicamentos e itens essenciais.
Para esta reportagem, IGU News apurou que os auditores fiscais da Receita Federal têm um salário inicial de aproximadamente R$ 23.847,76, podendo chegar a quase R$ 30 mil ao final da carreira. Além disso, eles recebem um bônus de eficiência, que recentemente sofreu cortes de até 20%, reduzindo o valor máximo de R$ 7 mil para R$ 6,3 mil.
A categoria reivindica a recomposição salarial das perdas acumuladas desde 2016, que chegam a 28%, e a regulamentação do bônus de eficiência. Em 2023, houve um reajuste de 9% para todas as carreiras do serviço público federal, mas os auditores consideram insuficiente.
Transtorno na Mobilidade Urbana de Foz
Outros impactos que a greve dos auditores da RFB causa, são na mobilidade urbana e na deterioração da malha rodoviária do município de Foz do Iguaçu, pela qual transitam os caminhões de exportação, além do de importação, trânsito esse que é “heterogêneo”, pois, em alguns casos, passa por alguns trechos menores e, em alguns outros em perímetros urbanos maiores, todos eles sendo afetados pelo transitar dos pesados veículos de transporte de carga.
A prefeitura local não possui um estudo sobre o impacto dos caminhões que transitam pela malha rodoviária do município, que não recebe recursos do governo federal para o custeio dos reparos necessários, conta que acaba para os munícipes iguaçuense pagarem. É um problema para a gestão municipal, que, segundo a legislação vigente no país, é a responsável pelo trânsito pela malha viária local.
(Reportagem do IGU News – Fotos: Kiko Sierich e Christian Rizzi)
