Foz do Iguaçu 2

Terra das Cataratas: RESTAURANTE ACREANO EM FOZ FEZ SUCESSONO FESTIVAL BRASIL SABOR

Ex-professora acreana, comanda o restaurante Seldeestrela – Comidas Nortistas, o primeiro do gênero na cidade, e representou a região Norte no Festival Brasil Sabor 2025 com um risoto amazônico que já conquistou corações e paladares.

De barraca em feirinha a restaurante conceituado, a acreana Selma Cavalcante carrega nas panelas muito mais que sabores da Amazônia. Em Foz do Iguaçu, onde comanda o Seldeestrela – Comidas Nortistas, ela mistura jambu, tucupi, histórias e afeto, e representa o Norte no Festival Brasil Sabor 2025, realizado na sexta-feira (16) e sábado (17), em Manaus (AM).

Seldeestrela – Comidas Nortistas, participa do Festival Brasil Sabor 2025 com prato típico

“Do Norte ao Sul, eu trouxe minhas raízes para brilhar no Seldeestrela”, resume Selma Cavalcante, fundadora do primeiro restaurante amazônico de Foz do Iguaçu. Ex-professora, mãe e empreendedora nata, ela deixou Rio Branco, no Acre, para recomeçar a vida em um novo estado com a família — e trouxe junto os sabores, as lendas e a força da mulher nortista.

Quem hoje visita o Seldeestrela se encanta com o ambiente temático, o aroma de tacacá e o acolhimento de Selma. “Quem vê hoje o meu restaurante, com tudo tão bonito, tão instagramável, com os pratos encantando os clientes e a casa cheia… não imagina o quanto de sol e de chuva eu já tomei pra chegar até aqui”, relembra emocionada.

A decisão de mudar veio em 2016, quando seu filho decidiu cursar medicina no Paraguai. “Pisei em Foz do Iguaçu pela primeira vez, olhei ao redor e falei para o meu marido: ‘Aqui seremos felizes’.” Em 2020, mesmo durante a pandemia, Selma e sua família se mudaram de vez. Começaram vendendo bolos, cappuccinos em pó e trufas amazônicas nas feiras e em um trailer. “Ficamos nas feirinhas, passando por muitas situações, tomando chuva e tomando sol. Mas eu estava determinada.”

Determinada e pioneira: Selma foi a primeira mulher a levar a culinária nortista para Foz do Iguaçu. “Os turistas se encantavam com os sabores. Os estudantes do Norte sentiam aquele cheirinho de casa. As pessoas tinham fome de cultura, de novidade, de afeto”, conta. O sucesso levou à fundação do restaurante e à criação de um espaço totalmente temático. “Ao adentrar no restaurante você observa todas as lendas nas paredes. Temos a Lenda da Vitória Régia pintada, homenagens ao açaí, aos seringueiros e ribeirinhos. Cada detalhe conta uma história. Até mesmo as músicas são da nossa região.”

O capricho é tanto que até o banheiro virou atração: “O banheiro dá continuidade à temática amazônica com a Lenda do Boto e com som da floresta, que deixa sempre todos encantados. Eu ainda convido: ‘Vai ali conhecer meu banheiro, que é um cartão postal!’ A gente bate papo até no banheiro hahaha”.

Hoje, o restaurante emprega oito pessoas — cinco delas mulheres — e é um negócio familiar. O filho coordena a cozinha, a filha cuida da administração e o marido é responsável pelas compras. “A gente é um time”, afirma.

O reconhecimento veio também da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que convidou Selma para um grupo de empresários. Foi a partir daí que surgiu a oportunidade de participar do Festival Brasil Sabor 2025.

Para o festival, o prato escolhido foi o “Risoto Amazônico com camarão, jambu, infusão de tucupi e crocante de tapioca com mel”. A receita, criada em parceria com o filho, une ingredientes típicos do Norte a sabores apreciados no Sul, como a mandioca. “Cada colherada é uma explosão de sabor!”

A história de Selma Cavalcante é, acima de tudo, uma mensagem de inspiração: “Eu quero que a minha história inspire outras mulheres. Que vejam que é possível sair da cidade natal, enfrentar a dificuldade, recomeçar, vender debaixo do sol — e ainda assim sonhar grande. Hoje, depois de quatro anos de muito trabalho, sou referência aqui na cidade. De comida boa, atendimento excelente e de uma experiência única.”

E conclui, com a convicção de quem venceu sem perder a essência: “O Seldeestrela é mais do que um restaurante: é o meu coração aberto em forma de comida. E eu digo: se eu consegui, outras mulheres também conseguem. Acredite. Persista. Honre suas raízes e vá.”

(Da Redação com Continet)

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