A deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou, nesta quinta-feira (15), que vai derrubar a ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) que a condenou a dez anos de prisão por suposto crime de mandar hackear e inserir documentos falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em coletiva de imprensa, ela criticou a decisão da Corte de ontem (14) e disse que está articulando apoio de parlamentares para que a Casa anule a ação penal do STF contra ela, como fez no caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), também condenado pelo STF por crimes envolvendo tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
A deputada disse que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu “sinal verde” para o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Além disso, ela anunciou que vai apresentar recursos e protelar o trânsito em julgado.
De acordo com denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a deputada foi a autora intelectual do sistema do CNJ que emitiu um falso mandado de prisão contra Moraes. A decisão do STF também determinou a perda do mandato de Zambelli como deputada federal.
O hacker Walter Delgatti confessou ter sido contratado pela deputada para invadir o sistema do Judiciário e foi condenado a oito anos e três meses de prisão, além de ter que pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos juntamente com Zambelli.
A defesa da deputada ainda pode entrar com embargos de declaração, que pedem explicações mais detalhadas da sentença, porém sem poder de alterar a decisão.
(Da Redação com Sputnik)