Grupo é suspeito de matar pelo menos 21 pessoas e tentar matar outras sete em um ano e oito meses, segundo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e Polícia Civil.
Mais de 100 pessoas são suspeitas de integrar um “grupo de extermínio” investigado pelos assassinatos de pelo menos 21 pessoas no intervalo de um ano e oito meses em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
As informações são da Polícia Civil do estado e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Os órgãos identificaram que o grupo também tentou matar outras sete pessoas no mesmo período.
Associado ao tráfico de drogas, o grupo foi alvo de uma operação policial em dezembro de 2024, que desencadeou novas investigações.

Segundo a polícia e o Gaeco, o chefe da organização criminosa, José Raylan de Lima, de 26 anos, ordenava as execuções de dentro da cadeia e acompanhava os assassinatos por videochamada.
As equipes de investigação afirmam que, desde 2021, 61 pessoas já foram denunciadas por integrarem o grupo e respondem por diversos crimes na Justiça.
A maior parte está presa. Entre os detidos, está um funcionário terceirizado do sistema prisional que, de acordo com a polícia, facilitava a entrada de celulares para Raylan.
Além das pessoas já denunciadas, mais de 40 são investigadas pelas mesmas suspeitas.
Grupo organizado e dividido por núcleos
Para Antônio Juliano Souza Albanês, promotor de justiça e coordenador do Gaeco na região de Ponta Grossa, o funcionamento do grupo era dividido em três núcleos, cada um com uma “especialidade”.
(Da Redação com G1)