Onças ignoram fronteiras políticas e reforçam a necessidade de empenho trinacional, de Brasil, Argentina e Paraguai.
O macho adulto “Hendu”, uma onça-pintada “sem fronteiras”, recebeu um colar de monitoramento, nesta quarta-feira (23), no Parque Nacional do Iguaçu. A ação faz parte da primeira campanha de captura de onças-pintadas do Parque Nacional do Iguaçu em 2025, que busca a preservação da espécie ameaçada de extinção.
Hendu foi capturado e examinado pela equipe do Projeto Onças do Iguaçu, antes de ser solto em área de floresta preservada. Agora com o colar, a onça-pintada poderá ser monitorada e o equipamento permitirá acompanhar seus deslocamentos, área de visa e uso do espaço, dados essenciais para subsidiar ações de educação ambiental, manejo e prevenção de conflitos.
Com 67 quilos e 2,5 metros de comprimento, o macho foi registrado pela primeira vez na Argentina, em 2020, e só apareceu no Brasil em fevereiro de 2024, identificado por armadilhas fotográficas.
O colar de monitoramento instalado em Hendu não interfere na rotina do animal e deve permanecer ativo por 8 a 12 meses, prazo de duração da bateria. Após esse período, o colar é liberado por um sistema de “drop off”.
“A presença do Hendu no Parque Nacional do Iguaçu é mais um exemplo de como as onças ignoram fronteiras políticas e reforçam a necessidade de empenho trinacional, de Brasil, Argentina e Paraguai, por sua conservação”, disse Yara Barros, coordenadora-executiva do Projeto Onças do Iguaçu.
Além da captura de Hendu para exames, a onça-pintada “Uyara” também foi capturada, uma jovem fêmea filhote. Por conta da pouca idade, Uyara não foi equipada com o colar, mas passou por coleta de amostras e medições físicas.
(Da Redação com SBT News)